Tudo começou com o soneto DESATINO, de Machado Ribeiro,
que resolvi responder com o soneto TEU DESATINO.
O amigo Decio respondeu-me com o soneto NÃO SEI POR QUE,
que respondi com DESENGANOS.
DESENGANOS
Jose M Raposo
Jose M Raposo
Sol posto no penedo da saudade,
Onde ténues raios de luz extinta
Acalentam uma alma tão faminta,
De paz, de sossego e tranquilidade.
Estro louco, de amores, e desenganos,
Entre cactos de aguçados espinhos.
Pedras soltas rolando nos caminhos,
Deixam em sua alma permanentes danos.
O sol desponta sempre à hora certa,
Mesmo que a porta esteja ou não aberta
Ou a janela do quarto não fechaste.
De dar luz, o sol ainda não deixou...
Será que não sentes seu calor, ou,
Como eu , talvez tu tarde acordaste.
Onde ténues raios de luz extinta
Acalentam uma alma tão faminta,
De paz, de sossego e tranquilidade.
Estro louco, de amores, e desenganos,
Entre cactos de aguçados espinhos.
Pedras soltas rolando nos caminhos,
Deixam em sua alma permanentes danos.
O sol desponta sempre à hora certa,
Mesmo que a porta esteja ou não aberta
Ou a janela do quarto não fechaste.
De dar luz, o sol ainda não deixou...
Será que não sentes seu calor, ou,
Como eu , talvez tu tarde acordaste.
NÃO SEI POR QUE
Machado Ribeiro
Não sei por que me sinto deste jeito,
o Por-do-Sol da vida, vai chegando,
como Bocage, o destino lamentando,
sentindo, como ele, rasgar-se o peito.
o Por-do-Sol da vida, vai chegando,
como Bocage, o destino lamentando,
sentindo, como ele, rasgar-se o peito.
A Antero, José, presto meu preito,
e, nas encruzilhadas, vou deixando
os sonhos que, aos poucos, se apagando,
jazem na terra fria onde me deito.
e, nas encruzilhadas, vou deixando
os sonhos que, aos poucos, se apagando,
jazem na terra fria onde me deito.
São denegridas minhas madrugadas,
as noites, mais longas, amarguradas
e o sol se negou a me aquecer.
as noites, mais longas, amarguradas
e o sol se negou a me aquecer.
O ArcoIris, no seu resplandecer,
me avisa que só há felicidade
no labirinto sacro da saudade.
me avisa que só há felicidade
no labirinto sacro da saudade.
TEU DESATINO
Jose M Raposo
Jose M Raposo
Como Bocage segues as caminhadas,
Em tropel, com paixão e desatino.
Assim como Antero, és o paladino
Do amor, pelas veredas e estradas.
Esperas pelo Sol, nas madrugadas
Bucólicas, onde um orvalho fino
Toca o arco-íris, qual violino
Que já tocou em noites prateadas.
Ouves agora, nas encruzilhadas,
Os ecos de pássaros que cantaram...
Entre a memória das horas paradas
Vive a saudade de outras que avançaram.
Se tu e elas caminham de mãos dadas...
Essa é a prova que não te abandonaram.
Em tropel, com paixão e desatino.
Assim como Antero, és o paladino
Do amor, pelas veredas e estradas.
Esperas pelo Sol, nas madrugadas
Bucólicas, onde um orvalho fino
Toca o arco-íris, qual violino
Que já tocou em noites prateadas.
Ouves agora, nas encruzilhadas,
Os ecos de pássaros que cantaram...
Entre a memória das horas paradas
Vive a saudade de outras que avançaram.
Se tu e elas caminham de mãos dadas...
Essa é a prova que não te abandonaram.
DESATINO
Machado Ribeiro
Em sonho me perdi na vida insana,
lançou o estro nas garras do destino,
quem pudesse voltar a ser menino
sem de novo tomar a forma humana!
Na solidão o sonho desengana,
como Bocage, eu sou o aretino,
a mente, em constante desatino
suportar não pode da vida o dano.
Horizontes desvendei na caminhada,
sem remédio, tropecei na estrada
dos desenganos que tão mal traguei.
Arrependido estou e, assim contrito,
em silêncio, solto este amargo grito
que do fundo da alma vomitei.
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