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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

DESCOESÃO - José M. Raposo



  
 (DES)COESÃO

José M. Raposo

Une-os
O amor à arte
E um poema não escrito.
Fica o dito por não dito!
Que se espalhe por toda a parte,
Como o poeta outrora
Versos ao vento espalhou
- E que na história ficou –
Sejam lidos aqui e agora!
Separa-os
A coesão
De tão invisíveis forças...
Que juntas,
Em união
De ideias tão tresloucadas,
Geram explosão
Nas mentes mais variadas
E criam confusão
Nas mal intencionadas.

OBRIGADO, SENHOR! José M. Raposo

 

 
OBRIGADO, SENHOR!


José M. Raposo


Devo agradecer-te, meu Deus,
Por duvidar de Ti?
Por aquilo que tenho e não pedi
E pelo que eu queria e nunca recebi?
Devo agradecer-te, meu Deus,
Pelas horas de angustia que eu já passei?
Por a morte não me ter levado
Quando por mim passou?
Devo agradecer-te, meu Deus, 
Por aquilo que eu tinha
E alguém me roubou?
Pela corrupção dos governos, das nações,
Pelas más obras dos fracos corações?
Pelas criancinhas
Que todos os dias morrem famintas,
Enquanto outros esbanjam?
Devo agradecer-te, meu Deus,
Por estares sentado no Paraíso,
Enquanto na terra
Os homens perdem o juízo
E incitam a revolta?
Devo agradecer-te, meu Deus,
Pelo Diabo andar à solta?
Não o deverias ter expulsado,
Mas guardá-lo bem acorrentado
E assim não haveria perigo,
Nem sofrimento nem dor.
Não existiria a mentira!
Tudo seria verdade...

Eu te agradeço, meu Deus,
Por quem me tem amizade,
Por quem é meu amigo
E me tem amor.
Muito obrigado, senhor!
 
  

SÓ OS MEUS VERSOS - José M. Raposo


 
 
 
SÓ OS MEUS VERSOS
 
José M. Raposo
 
(AoSaborDoVento)



Só os meus versos sabem o que eu faço,
quando falo verdade e quando minto.
Só eles sabem aquilo que eu passo,
só os meus versos sabem o que eu sinto.

Só os meus versos sabem a minha vida,
quem amo, quem me ama e quem me amou.
Só eles sabem quem está escondida,
só os meus versos sabem aquilo que eu sou.

Só os meus versos sabem como se chama
e quando o meu coração se ufana,
só eles sabem que amor ela me tem.

Só os meus versos sabem quem eu escondo
e quando me perguntam eu então respondo,
só meus versos sabem e mais ninguém.
  
11 /11/1969




UN NOVO ARTISTA - José M. Raposo

 
 
 
   

 Edição de 15 de novembro de 2007
http://tribunaportuguesa.com

 
 
 Amigos,
mais uma crônica nossa publicada no jornal
 "Tribuna Portuguesa". 
Acessem o link abaixo para sua leitura.  
Necessário um programa leitor PDF.
Se não o tem, baixe  rapidamente acessando o link:

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