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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

LUZ NO VAZIO - José M. Raposo


LUZ NO VAZIO


Jose M. Raposo


Este soneto que para ti faço,
Com esse nada do qual criados fomos,
- Afinal, neste mundo nada somos -
Que seja a luz no vazio do teu espaço.


Que o eco do teu grito sufocado,
Seja o sopro de vida p’ra tua alma!
Que finda a tempestade, venha calma
E seja teu espírito iluminado.


Que não haja lugar para o desprezo
E quando levantares teu machado,
Dês o golpe e que te saias ileso. 


Se por ondas for teu barco tragado,
Tu não fiques entre os destroços preso
E nunca sejas tu o desprezado!


DESATINO, Machado Ribeiro - TEU DESATINO, José M. Raposo - NÃO SEI POR QUE, Machado Ribeiro - DESENGANOS, Machado Ribeiro



              
Tudo começou com o soneto DESATINO, de Machado Ribeiro,
que resolvi responder com o soneto TEU DESATINO.
O amigo Decio respondeu-me com o soneto NÃO SEI POR QUE,
que respondi com DESENGANOS.



DESENGANOS

Jose M Raposo


Sol posto no penedo da saudade,
Onde ténues raios de luz extinta
Acalentam uma alma tão faminta,
De paz, de sossego e tranquilidade.

Estro louco, de amores, e desenganos,
Entre cactos de aguçados espinhos.
Pedras soltas rolando nos caminhos,
Deixam em sua alma permanentes danos.

O sol desponta sempre à hora certa,
Mesmo que a porta esteja ou não aberta
Ou a janela do quarto não fechaste.

De dar luz, o sol ainda não deixou...
Será que não sentes seu calor, ou,
Como eu , talvez tu tarde acordaste.



NÃO SEI POR QUE

Machado Ribeiro


Não sei por que me sinto deste jeito,
o Por-do-Sol da vida, vai chegando,
como Bocage, o destino lamentando,
sentindo, como ele, rasgar-se o peito.

A Antero, José, presto meu preito,
e, nas encruzilhadas, vou deixando
os sonhos que, aos poucos, se apagando,
jazem na terra fria onde me deito.

São denegridas minhas madrugadas,
as noites, mais longas, amarguradas
e o sol se negou a me aquecer.

O ArcoIris, no seu resplandecer,
me avisa que só há felicidade
no labirinto sacro da saudade.


TEU DESATINO

Jose M Raposo


Como Bocage segues as caminhadas,
Em tropel, com paixão e desatino.
Assim como Antero, és o paladino
Do amor, pelas veredas e estradas.

Esperas pelo Sol, nas madrugadas
Bucólicas, onde um orvalho fino
Toca o arco-íris, qual violino
Que já tocou em noites prateadas.

Ouves agora, nas encruzilhadas,
Os ecos de pássaros que cantaram...
Entre a memória das horas paradas

Vive a saudade de outras que avançaram.
Se tu e elas caminham de mãos dadas...
Essa é a prova que não te abandonaram.


DESATINO

Machado Ribeiro


Em sonho me perdi na vida insana,
lançou o estro nas garras do destino,
quem pudesse voltar a ser menino
sem de novo tomar a forma humana!

Na solidão o sonho desengana,
como Bocage, eu sou o aretino,
a mente, em constante desatino
suportar não pode da vida o dano.

Horizontes desvendei na caminhada,
sem remédio, tropecei na estrada
dos desenganos que tão mal traguei.

Arrependido estou e, assim contrito,
em silêncio, solto este amargo grito
que do fundo da alma vomitei.


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